Não tenho tentado me enquadrar em empregos para mostrar que agora faço parte da massa trabalhadora e nem tenho me matado de estudar num mestrado para mostrar que estou fazendo algo da vida e que no final de todo o sacrifício terei mais um título. Também não tenho me obrigado a ir a festas para mostrar que sei curtir a vida e nem tenho saído de casa para encontrar outras pessoas quando o que o meu coração pede é um pouco mais da minha própria companhia. A única coisa que tenho feito é me permitido sentir como posso ser feliz, como quero viver a vida de uma forma que cada dia vivido seja vivido de forma especial, vivenciando a liberdade de ir para onde eu quiser ir, de viver onde eu quiser viver, de ler o que eu quiser ler...
Tenho desconsiderado a convencionalidade social de optar pelos extremismos: seguir uma vida considerada normal ou seguir uma vida de quebra de padrões. Não, não tenho feito isso comigo mesma. A questão é de uma dimensionalidade bem maior que se enquadrar dentro ou fora dos padrões sociais. A questão é ter a coragem e a simplicidade de se responsabilizar pela forma que se quer viver. Eu tenho feito isso. E tenho experimentado a alegria de viver de acordo com os meus próprios sentimentos, algo que pode trazer à tona uma certa confusão na cabeça de alguns, mas que a mim tem trazido apenas realização. Que vem do singelo fato de somente ser, e me permitir ser, quem eu sou.
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