terça-feira, 6 de junho de 2017

Um papo sobre TPM e paciência

Oi meus amores, boa noite! Hoje eu resolvi falar sobre a Tensão Pré Menstrual (TPM), um tema que é muito complexo e extenso, mas que eu quero abordar de uma forma leve e, como costumo fazer em meus textos, usando experiências minhas como exemplo. Portanto, o objetivo desta postagem não é falar da TPM de forma técnica, até porque não sou profissional de uma área relacionada à saúde da mulher, e sim da forma que eu sinto isso presente na minha vida. Ou seja, quero falar como mulher. De quebra, quero aproveitar para mostrar coisas que aprendi com a minha última TPM. Então, se você é mulher ou se você é homem, não importa; este post é para você.
Só pra começar, se vocês fizerem uma rápida pesquisa do Google sobre TPM, vocês vão encontrar sites onde especialistas explicam os vários tipos de TPM que existem. Então assim, além dos mil e um sintomas que a Tensão Pré Menstrual causa na mulher, ela pode combinar esses sintomas de diversas formas e com vários graus de intensidade, e eles podem se manifestar até mesmo de maneiras diferentes e em momentos diferentes. Isso significa dizer que num mês os sintomas sejam uns e no mês seguinte eles sejam completamente diferentes. Significa dizer também que esses sintomas podem ir se alterando ao longo dos dias e das horas que compõem esse período em que a mulher fica fisica, psicologica e emocionalmente diferente. É muito complexo mesmo, mas é da nossa natureza. E é justamente de uma forma natural que eu quero tratar desse assunto.
Geralmente eu reconheço que estou na TPM porque sinto uma enorme vontade de comer doce, principalmente chocolate, e isso para mim não é algo comum, já que eu gosto de evitar alimentos que contenham açúcar e, graças às restrições dessas guloseimas que a minha mãe me fazia na infância, eu me tornei uma pessoa que não é muito chegada a doce. Na minha última TPM, no entanto, não foi bem esse o meu sintoma dominante. Eu passei o último final de semana com uma sensação estranha, me sentindo esquisita, sentindo que havia uma guerra dentro de mim. Não cheguei a me sentir feia, mas sabe aquele estado de sensibilidade que qualquer coisa é capaz de destruir a nossa autoestima? Pois é, eu estava assim... Ao mesmo tempo, eu não sabia como resolver os meus conflitos, eu não sabia como ficar bem, porque eu não entendia o porquê de toda aquela mistura de emoções e sentimentos. Na verdade, não havia um motivo por trás de tudo que eu sentia. E eu desejava muito estar em paz comigo mesma, mas eu não sabia como fazer.
Eu posso definir o que eu sentia como um enorme vazio, uma sensação de que nada, ninguém, e nem eu mesma pudesse me deixar tranquila e bem comigo mesma. E quando eu percebo que não estou me sentindo bem, a primeira coisa que penso em fazer é me isolar (isso é algo da minha personalidade, então com vocês talvez ocorra de outra forma), mas eu acabei não fazendo isso, até porque não é sempre que dá pra sumir da vista de todo mundo, né? E as pessoas perguntavam o que eu sentia e eu não sabia explicar. Na verdade, eu não podia explicar, porque nem mesmo eu entendia e porque ninguém ia entender que eu tava me sentindo péssima sem motivo. Como eu sabia que era um pouco de preocupação da parte delas comigo, eu tentava me controlar para não falar alguma grosseria ou não começar a chorar de uma hora para outra, porque eram essas as duas reações que eu estava o tempo todo tentada a fazer.
Mas vamos à parte engraçada, porque até agora eu só contei o drama. Depois de dois dias me sentindo até um pouco depressiva, eu percebi que precisava comprar o meu anticoncepcional, porque dentro de poucos dias a minha cartela iria acabar. Para completar, do nada uma amiga tocou no tema TPM num dos grupos que participo no whatsapp. Foi aí que a minha ficha caiu! Eu respirei, ri e senti alívio em perceber que o meu mundo não ia acabar, que era só a minha fase mensal mais sensível se manifestando de uma forma mais intensa e um tanto conturbada. Só que eu tava tão envolvida com toda a loucura causada pelas minhas emoções que eu não era capaz de perceber que tudo que eu sentia, mesmo que parecesse a pior coisa do mundo, era natural.
Vocês ainda devem estar se perguntando qual a parte boa em se sentir assim. Pois bem, quando eu percebi que não estava em equilíbrio comigo mesma, eu tentei me ajudar fazendo um exercício que eu costumo fazer para identificar a emoção que estou sentindo no momento e o que ela quer me mostrar. Gente, cada hora que eu fazia o exercício eu observava algo diferente, haha. Só de sentir a necessidade de fazê-lo várias vezes eu já sabia que não tava muito bem. Uma hora eu me sentia angustiada, outra hora eu sentia tristeza, outra hora eu sentia ansiedade. Mas o interessante é que quando eu identificava essas emoções e me perguntava o que elas queriam me mostrar, a resposta era a mesma: paciência. Então depois que percebi a minha TPM e me permiti ficar bem com ela, porque ela faz parte das fases da condição de mulher (e eu amo ser mulher e amo a mulher que eu sou), eu percebi que era exatamente paciência o que eu precisava me dar.
Pode parecer idiota para muitos de vocês, mas eu acredito que o universo está sempre tentando nos mostrar as nossas necessidades em cada momento. E essa minha historinha de hoje retrata bem isso. O período conturbado que passei nos últimos dias, e que muitas mulheres estão passando agora, foi um canal para que eu pudesse olhar para mim mesma com mais paciência, com amor. Nesse sentido, esses períodos que parece que tá tudo errado na vida da gente, e isso engloba muita coisa além da TPM, é uma oportunidade para a gente se dar coisas que a nossa alma está nos pedindo. São coisas que apenas nós mesmos podemos nos dar e fazer por nós mesmos. Então a minha proposta de hoje é que, ao se estarem numa situação chata, vocês olhem para si mesmos e se perguntem o que podem fazer por vocês. É sempre algo simples, mas com certeza é também algo poderoso.
Espero que esse texto tenha servido como uma reflexão não só sobre a TPM, mas sobre usar o caos para procurar nos entender e respeitar o nosso próprio momento e a nossa própria natureza. Boa noite e um ótimo restinho de semana (: <3

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