Oi meus amores! Eu estava morrendo de saudades de escrever aqui, mas estava sem inspiração nos últimos dias, até que hoje me veio uma vontade de falar sobre um tema que é muito debatido, mas que eu discorrerei com base na minha perspectiva e nas minhas experiências.
O que percebo é que a maioria das pessoas quando quer dar um conselho sobre aceitar a si mesmo trata o que consideramos um defeito como algo irrelevante perto das qualidades. Isso é legal, porque acho interessante quando focamos no que achamos que temos de bom, em vez de nos torturar psicologicamente por algo indesejado. Mas o que eu quero com este texto é trabalhar isso de uma maneira diferente. Vocês já pensaram em aceitar não só o que acham legal mas também o que acham desagradável em vocês mesmos?
Isso deve ter soado um tanto utópico para algumas pessoas, enquanto outras se empolgarão inicialmente, mas em seguida voltarão a lembrar e a reclamar do cabelo, do corpo etc. No entanto, eu queria propor a vocês se darem uma chance de se amarem e, consequentemente, se aceitarem por inteiro. Eu sei que não é fácil e muitas vezes eu até acabo caindo na cilada de reclamar de uma coisa ou outra do meu corpo ou da forma como lido com algumas coisas, mas eu tenho permitido me observar de uma forma que deixa cada vez menos espaço para a autocrítica: há coisas em mim que eu gostaria que fossem diferentes, mas mesmo que elas não sejam como eu queria, elas fazem parte de mim, ou seja, fazem parte de quem eu sou e é assim que eu posso estar aqui e agora vivendo esta vida. Percebem como trocar a culpa pelos defeitos pelo prazer de viver faz toda a diferença? Não tô dizendo que todo mundo deve ser assim a todo momento, mas posso assegurar que aceitar as coisas como são é bem mais inteligente do que querer mudar o que não pode ser mudado.
Há coisas que podemos mudar e as mudanças são super bem-vindas quando nos deixam mais felizes com nós mesmos, mas mesmo que a mudança ocorra, eu acho essencial nos aceitar antes. Vamos lá, vou dar um exemplo para que vocês possam entender melhor tudo isso. Uma das coisas que eu menos gostava em mim fisicamente era a boca. Eu achava, aliás, eu acho, a minha boca grande, e o fato de eu usar aparelho ortodôntico salienta isso ainda mais. Mas de tanto me condenar por isso, como se eu tivesse culpa e tivesse que me sentir inferior aos outros por ter a boca que tenho, eu cheguei a cansar. Sabe quando você se esgota por algo que não vai mudar? Pois é. Eu vi que a minha única opção era aceitar que tenho um bocão. Isso mesmo, eu não resolvi aceitar alguns conselhos de quem dizia que isso era besteira ou que minha boca não era assim tão grande, eu resolvi aceitar que a minha boca é da maneira que é e que eu não posso desistir de mim por causa disso. Já foi assim também com o meu cabelo, com a minha introspecção...
Viram a diferença de fugir do problema e de aceitar o problema? Agindo da primeira forma, ele voltaria vez ou outra, mas ao aceitá-lo, eu aceitei também amar não apenas as minhas qualidades, mas também o que considero desagradável. Isso faz toda a diferença. Porque quando a gente não aceita algo em nós mesmos, qualquer crítica vinda de fora, pode nos derrubar. Mas quando a gente entende que somos perfeitos exatamente com o corpo e as características que temos, aí o assunto é outro, nossa postura frente aos comentários alheios será bem diferente. E não digo diferente não como algo forçado, mas como algo natural, porque em vez de nos condenar, a gente se fortalece. A propósito, falar sobre esse tema me veio à cabeça justamente quando comentaram que estou com a boca enorme em uma foto, foto que por sinal eu adorei e coloquei no perfil de duas redes sociais. Se eu continuasse agindo da maneira de antes, eu logo me permitiria ficar triste ou chateada. Mas nada disso aconteceu, eu simplesmente lembrei o quão tinha adorado a foto e me achado espontânea nela.
Amores, o meu recadinho de hoje é esse: vocês não precisam consertar defeitos para conseguirem se amar. Se amem antes de pensarem numa plástica, numa mudança de comportamento ou no que quer que seja. Só amando as nossas qualidades e, sobretudo, os nossos defeitos é que estaremos nos amando e nos aceitando por completo.
Espero que esta reflexão tenha despertado em vocês tudo que despertou em mim e que descrevi ao longo deste texto. Beijos e uma ótima semana <3
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