Boa noite, amores! O tema de hoje é mais um que acho que pode ser de relevância para algumas pessoas, mesmo que seja mais uma escrita muito pessoal. Como em outros textos, não vejo outra forma de iniciar, se não com uma pergunta: vocês já perceberam que desejam tanto mudar ao ponto de achar que não pertencem mais a um lugar ou a uma turma de amigos etc?
É muito comum ouvir as pessoas falar que mudaram, que amadureceram... mas na prática o que se observa é só que elas acumularam experiências e mudaram de papel algumas vezes. Uma parte aprende com o que viveu e isso é ótimo. Mas a mudança que falo é um pouco diferente. É uma mudança de consciência, uma mudança vinda do coração. Sabe quando você simplesmente, não precisa ser repentinamente, sente que algumas pessoas ou algum hábito, algum lugar ou até mesmo algum estilo musical não devem mais fazer parte da sua vida? É como se o coração, digo no sentido de representar o nosso emocional, tentasse alertar que essas coisas ou pessoas não são compatíveis ao nosso próximo estágio de evolução como seres humanos.
Como costumo dar os meus exemplos pessoais, acho legal fazer isso neste texto também, porque pode acabar trazendo uma visão melhor sobre a questão. Então vamos lá... Eu sempre tive poucos amigos e muitos colegas e, graças a Deus, sempre soube distingui-los. Há mais ou menos um ano atrás eu andava com alguns colegas que costumavam beber muito, curtir festas, enfim, viviam nessa vibe de curtição. Nessa época essa também era a minha vibe; eu me sentia muito sozinha às vezes e sair com eles era uma forma de sair um pouco desse estado emocional. Mas em um determinado ponto eu comecei a sentir que aquilo tudo não fazia mais sentido para mim. Não ocorreu nada específico pra que a vontade de destinar o meu tempo e a minha atenção a outras coisas se manifestasse, eu apenas senti que aquilo não me cabia mais, pelo menos não com a frequência e da forma que acontecia.
O que aconteceu é que eu acabei me desligando mais de algumas pessoas, de alguns ambientes e de coisas que, consequentemente, haviam virado hábito. Pode não fazer sentido para alguns de vocês, mas eu sentia isso como um desejo do meu ser, do meu coração. E observando de uma perspectiva mais racional, eu pude perceber que a vida que aquelas coisas que eu vivia me proporcionava era diferente da vida que eu sonhava e queria ter. Por exemplo, ficava difícil conciliar os resultados que eu queria ter ao praticar atividade física com os efeitos/danos que o álcool causa ao corpo. E, pra fechar esse exemplo, eu me afastei disso tudo de forma natural, sem precisar cortar relações com as pessoas com as quais eu saía, e fui direcionando a minha atenção a coisas que eu sentia que me deixavam mais leve e em paz comigo mesma, como é o caso da meditação.
Ainda que todo esse papo não faça sentido para alguns de vocês, talvez por não necessitarem fazer mudanças agora ou porque não têm o hábito de observar o que o coração vem pedindo, acho de extrema importância fazer essa abordagem. Como já falei aqui algumas vezes, não estamos aqui para viver de qualquer jeito, gente. Não dá pra negligenciar o que a vida quer da gente. É preciso buscar o nosso próprio caminho, a nossa realização com nós mesmos. De tempos em tempos, sinto que para que a minha vida mude é necessário que eu faça algumas mudanças. Algumas grandes, outras pequenas. Mas que sempre partem de mim mesma e que me preparam para que eu possa receber algo.
Então é isso, a minha mensagem de hoje é mostrar que talvez algumas coisas já não façam mais sentido nas nossas vidas exatamente porque elas não devem mais estar ali. E se a gente insiste em não olhar para isso e em não retirar ou mudar a prioridade dessas coisas, elas acabam nos sufocando e fazendo com que cada vez mais a gente deixe de se perceber e de perceber o caminho que devemos percorrer.
Agora vou mudar um pouco a pergunta: vocês têm notado que desejam tanto mudar ao ponto de achar que não pertencem mais a um lugar ou a uma turma de amigos etc?
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