Semana que vem farei 23 anos e, relaxem, não vim aqui para deixar uma lista do que quero ganhar. Também não vim aqui para fazer um drama acerca de como o tempo passa rápido. Só vim compartilhar com vocês, meus seguidores, o que sinto acerca desse assunto.
No último final de semana eu tive uma mini crise que durou mais ou menos um dia. Eu lembrei que meu aniversário se aproximava e estava preocupada com tudo o que ainda não fiz e que não vou fazer antes dos 23. Há pessoas que sonham em casar antes dos 30, outras sonham em conseguir um bom emprego antes dos 25 e algumas que sonham em morar sozinhas depois dos 18. Mas o meu número sempre foi 23. Todas essas maluquices que as pessoas planejam em relação a uma determinada idade, para mim, tinham esse número como referência.
A minha mente não planejou pouca coisa e havia sobre mim uma responsabilidade enorme de conseguir tudo. Tudo o que especulei, quando adolescente, acerca de começar a encarar a vida como uma pessoa adulta. Depositei nesta idade as possibilidades que não poderia ter e viver no momento.
Agora eu poderia dizer que tudo era besteira e que eu era apenas uma menina recém saída da infância. Mas prefiro dizer que, realmente, ainda não conquistei muitas das coisas com as quais eu sonhei. Só que eu também posso dizer que consegui o que nem sequer havia sonhado. As coisas não aconteceram da maneira pensada e eu não tenho um trabalho que pague bem e nem estou pensando em meu casamento, tampouco publicando o meu primeiro livro. Também não estou grudada no homem da minha vida e não me sinto adulta o bastante para tomar algumas decisões.
Mas me tornei alguém que orgulha a mim mesma. Tirei coragem não sei de onde e hoje eu sinto que sou bem mais corajosa e confiante do que eu poderia ter imaginado. E o mais importante é que eu descobri que não se pode viver com base em limites, sejam eles dados pela idade ou pelas perspectivas futuras. A única forma de viver é vivendo, o único lugar é aqui e o único momento é agora.
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