quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O preço de estar bem

Não, não dá pra fazer tudo que se quer ao mesmo tempo. Não dá pra conseguir tudo o que a sociedade impõe. E no meio de tantas cobranças, o bem estar pode acabar ficando de lado.
Estar fisica e psicologicamente bem exige as melhores escolhas, nem que estas não sejam, aparentemente, as corretas. Faltar a um dia de aula, passar um dia sem pegar em um livro, deixar de atender a ligação de uma pessoa, não participar de uma atividade com os amigos e dezenas de outros exemplos que podem ser dados, podem caracterizar perdas de aprendizados em grupo, mas ganhos de aprendizados consigo mesmo.
Não, ninguém deve se isolar e viver sozinho. Mas sim, é muito importante aprender sozinho. É partir dessa capacidade que podemos ensinar e trocar conhecimentos com os outros. Só quando estamos verdadeiramente bem, só quando estamos inteiros, é que teremos a capacidade de dividir e de aprender coisas úteis.
Estar bem custa caro. Custa algumas desistências, algumas faltas, algumas festas, custa mudanças, custa deixar muita coisa para trás.
Estar bem trás coisas raras. Trás melhores conversas, tarefas mais bem feitas, pessoas mais atenciosas, e o a melhor de todas as coisas, trás paz.
Não adianta tentar se desdobrar em mil pra atender a todas as demandas do dia a dia. Assim como uma máquina, o ser humano pifa. Ninguém tem uma vida perfeita e todo mundo está fazendo escolhas a todo momento. O que caracteriza as melhores escolhas, faladas no início do texto, é quando as tomamos quando estamos realmente bem. Não há escolha boa se a tomamos quando queremos fugir dos problemas ou agradar aos outros.
Estar bem custa muito. Custa auto-diálogos. Custa tempo. Tempo para cuidar de si mesmo. E esse não é um preço tão alto. Alto é o preço de estar mal.

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